NEGOCIAÇÕES COM BANCOS –CONDIÇÕES JUSTAS, É POSSÍVEL?
- Pedro Fonseca
- 23 de set.
- 2 min de leitura

Atualmente, o Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação ao endividamento da população. Dados recentes, apontam que 43,36% dos brasileiros, ou seja, 70,29 milhões de brasileiros se encontram endividados, para a maioria esse é um cenário terrível e que traz uma grande angústia, pois tenha em mente que a melhor maneira de solucionar essa situação é negociando amigavelmente com o banco.
Historicamente, a negociação com bancos sempre foram a melhor saída. As instituições financeiras, via de regra, não desejam ter gastos com jurídico, e muito menos desejam ter que brigar por garantias de um contrato, o banco tem como interesse, receber os valores devidos, preferencialmente de forma que traga liquidez e previsibilidade.
Porém, para alcançar boas condições, devemos sempre nos preparar em uma negociação, temos que entender qual o momento mais oportuno, do qual a natureza da negociação, e definir quais são aspectos passíveis de discussão, como taxas, tarifas, limite de crédito e principalmente as dívidas.
Neste sentido, as negociações devem se pautar na transparência e harmonia das relações de consumo, como disposto no artigo 4º, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
Analisando esse aspecto, as negociações devem ser estratégicas, devendo assim, entender o momento ideal para negociar, qual a real capacidade para arcar com um bom acordo, quais os pros e contras de não negociar, quanto tempo ainda suporta seguir sem solucionar o seu caso, qual a sua necessidade de manter um bom relacionamento com as instituições financeiras entre outros.
Diante de um contexto tão desafiador, recomendo sempre um especialista capacitado para auxiliar você a encontrar a melhor saída ou negociação para o seu caso. O apoio de um profissional auxilia para uma negociação mais assertiva, aumentando as chances de alcançar condições justas.
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