Renegociação ou refinanciamento: qual a melhor opção para sua empresa?
- Suelen Rodrigues
- 28 de fev.
- 2 min de leitura

Quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras e não consegue pagar suas dívidas bancárias em dia, é comum surgir a dúvida: o que fazer para resolver o problema?
Duas alternativas que costumam aparecer são a renegociação e o refinanciamento da dívida. Mas você sabe qual a diferença entre elas e como escolher a melhor opção para o seu negócio? Leia este texto na íntegra para saber de forma simples o que cada termo significa e como tomar a melhor decisão.
A renegociação ocorre quando você procura pessoalmente ou através de um procurador o próprio banco ou instituição financeira com a qual já tem o débito para tentar mudar as condições do contrato. Na prática, é como se sentar à mesa para discutir novas regras para o pagamento, seja estendendo o prazo, reduzindo o valor das parcelas ou renegociando os juros.
As vantagens dessa estratégia é que ocorrendo uma negociação bem-sucedida haverá a possibilidade de diminuir o valor das prestações mensais para que caiba no seu orçamento e a criação de um novo cronograma de pagamento mais adequado à realidade atual da empresa.
Contudo, também pode haver desafios, pois nem sempre o banco aceita renegociar com condições mais favoráveis. Dependendo da negociação, você pode acabar pagando mais juros no longo prazo, de maneira que para que esta estratégia seja bem eficiente é indispensável ter argumentos sólidos e documentos que justifiquem a necessidade de melhores condições.
Já o refinanciamento significa buscar um novo financiamento para pagar a dívida antiga. Neste caso, a empresa pode procurar o mesmo banco e refinanciar a dívida inicial com um novo contrato ou mesmo buscar perante outra instituição financeira uma linha de crédito para quitar o antigo, possibilitando condições diferentes, como juros mais baixos ou prazos maiores.
As vantagens desse método é que existe a chance conseguir um novo empréstimo com juros mais vantajosos e a possibilidade de alongar o prazo de pagamento, reduzindo o valor das parcelas mensais.
Porém, também existem desvantagens como enfrentar a burocracia do banco para liberação de novo crédito, pagamento de taxas de análise e registro de contrato, além do risco de não conseguir um empréstimo mais favorável que o atual.
Então como se decidir? Pela nossa experiência atuando no Direito Bancário, entendemos que é essencial avaliar alguns pontos antes de optar pela renegociação ou refinanciamento, tais como:
A capacidade mensal de pagamento da empresa: avalie seu fluxo de caixa e veja se a nova parcela de fato comporta no orçamento, considerando inclusive as sazonalidades, pois não faz sentido realizar uma renegociação ou refinanciamento para voltar a situação de inadimplência.
A flexibilidade para a realização desse novo contrato: se o banco não der abertura para tratar as cláusulas e forçar uma renegociação, a possibilidade de êxito reduz drasticamente.
O custo total da dívida: não basta as parcelas mensais caberem no orçamento, é preciso avaliar os prazos e o valor total da dívida.
Além disso, estar amparado por um advogado especialista em Direito Bancário te ajudará a interpretar as cláusulas do novo contrato, verificando a existência de cobranças abusivas e te orientando a seguir a melhor estratégia para o seu caso concreto.
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